No selim de sua bike dobrável – sejam em Nova Iorque, onde vive, ou quando viaja ou sai em turnê – ele desvenda os detalhes de cidade mundo afora, num delicioso mix de diário pessoal + álbum de fotos + relato de viagens. A narrativa já bastaria por si só, mas ele a recheia de reflexões sobre assuntos que vão desde a política até moda, arquitetura e filosofia, entre outros assuntos, sempre pontuado por inteligência, humor e observações bem particulares.
Quem conhece o escocês apenas como vocalista da legendária Talking Heads (sim, aquela do hit Psycho Killer) se surpreende a cada página virada e, ao fim, da leitura está quase convencido que a bike seria realmente o caminho para solucionar o caos do trânsito das grandes cidades. “Eu sinto que o mundo pode ser mais onírico, metafórico e poético do que atualmente acreditamos”, ele diz no livro. Eu acredito também, Byrne.
p.s.: divertido perceber que a última postagem foi no dia do meu aniversário. Quero vir mais vezes aqui =)