quinta-feira, 31 de julho de 2008

O minúsculo tão maiúsculo



e. e. cummings, na verdade, Edward Estlin Cummings é um dos meus poetas prediletos por muitos motivos. Norte-americano nascido em Cambridge (Massachusetts), no ano de 1894, ele me deixou boquiaberta quando li seus poemas pela primeira vez. cummings (isso mesmo, em caixa baixa) deu de ombros para a sintaxe ao redigir seu nome e assim o fez com sua obra. Alternou maiúsculas e minúsculas, sem ortodoxia. Da mesma maneira interrompeu palavras, frases inteiras. A configuração é absurdamente original. O conteúdo, por sua vez, é tradicional. Muitas das vezes o formato é o soneto! São quase mil poemas falando de amor e natureza, principalmente. Há ainda sátiras inteligentes sobre conflitos bem urbanos. Fora os poemas existem novelas ensaios, desenhos, sketches e pinturas, como essa que ilustra o post. Adoro e tenho certeza que muita gente vai adorar também. Abaixo, uma amostrinha....


have found what you are like

 
        i have found what you are like
        the rain,
 
                (Who feathers frightened fields
        with the superior dust-of-sleep. wields
 
        easily the pale club of the wind
        and swirled justly souls of flower strike
 
        the air in utterable coolness
 
        deeds of green thrilling light
                                      with thinned
 
        newfragile yellows
 
                          lurch and.press
 
        -in the woods
                     which
                          stutter
                                 and
 
                                    sing
 
        And the coolness of your smile is
        stirringofbirds between my arms;but
        i should rather than anything
        have(almost when hugeness will shut
        quietly)almost,
                       your kiss


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